Qualidade De Vida E a Bicicleta.

Entenda o que é qualidade de vida e como esse conceito está presente na sua vida

Qualidade de vida está diretamente relacionada com o seu bem-estar e autoestima, considerando aspectos emocionais, de saúde física, intelectuais, culturais, religiosos, econômicos, familiares, éticos e profissionais.

Ou seja, para se ter uma boa qualidade de vida, todos os âmbitos da sua vida devem corresponder a um estado mínimo de equilíbrio. Mas como promover isso de forma sustentável?

A Saúde mental e a qualidade de vida

Um dos pilares que mais influenciam o seu bem-estar é também um dos mais difíceis de se adquirir e manter, especialmente no cotidiano das grandes cidades: a sua saúde mental.
Doenças como depressão, ansiedade, síndrome do pânico e estresse excessivo são cada vez mais comuns. O acúmulo de responsabilidades, o bombardeio de informações e a pressão da sociedade pelo sucesso, pela perfeição, são grandes gatilhos desses desvios.

A qualidade de vida é uma questão de percepção da felicidade. Uma mente fora de equilíbrio cria o caos ao seu redor e possui uma capacidade limitada para perceber momentos felizes.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) descobriu no ano de 2019 que o Brasil é o país com mais pessoas ansiosas do mundo. Possuímos mais de 18 milhões de brasileiros com transtornos de ansiedade. A ansiedade patológica é um distúrbio que faz com que as pessoas criem constantemente projeções negativas com relação ao futuro, causando uma queda representativa na sua qualidade de vida.

Como efeitos físicos, a ansiedade pode causar palpitações e apertos no peito, sensação de formigamento nos pés e nas mãos, suor excessivo, falta de ar, náuseas, diarreia e tremores pelo corpo. Reflexos no funcionamento da mente também podem ser sentidos, como: a falta de paciência, concentração, memória de curto prazo. No trabalho, a ansiedade costuma refletir de forma negativa em queda na produtividade; e na rotina diária, o ansioso pode sofrer de insônia.

Outros dados de 2015 são igualmente alarmantes. Uma pesquisa realizada pelo IBGE mostra que o Brasil possui 7,6% dos seus adultos (ou cerca de 11 milhões de pessoas), foram, naquele ano, diagnosticados com depressão, uma doença que pode ser igualmente incapacitante e que diminui drasticamente a percepção da qualidade de vida.

Das pessoas diagnosticadas com esse mal, aproximadamente 6 milhões usam medicamentos como tratamento.

Saúde do corpo e a qualidade de vida

De acordo com a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) em 2019, 40,3% da população com mais de 18 anos é considerada inativa, ou seja, não pratica mais de 150 minutos de exercícios semanais. Você imagina como isso impacta na qualidade vida?

Praticar exercícios físicos regulares ajuda a manter uma boa saúde mental. Com a mente e o corpo equilibrados você poderá por exemplo tomar decisões mais inteligentes e seu estado de espírito permitirá que você perceba mais facilmente seu bem-estar, e crie momentos de equilíbrio, aumentando sua percepção de qualidade de vida.

O exercício físico é um fator decisivo na manutenção da qualidade de vida, fazendo com que o corpo libere vários hormônios ligados à felicidade.

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Ao se exercitar, o corpo humano produz hormônios relacionados à felicidade, como a endorfina, que cria essa sensação e reduz o stress. Males como a depressão e a ansiedade são comprovadamente combatidos através da prática de exercícios regulares. Um outro hormônio importante para a felicidade que é gerado pelo corpo durante os exercícios é a dopamina, responsável por criar um efeito tranquilizante e analgésico.

Qualidade de vida e mobilidade urbana

De acordo com um estudo apresentando no Summit Mobilidade Urbana 2019, realizado entre os dias 29 de abril e 8 de maio, demonstram que os brasileiros gastam em média 1h20 para se deslocar nas cidades (somando-se o tempo de ida e volta) para realizar as atividades corriqueiras do dia. As regiões campeãs de gasto de tempo nos percursos são a Sudeste, com média de tempo de 144 minutos, e a Nordeste, com 132 minutos.

De cada dez entrevistados, quatro disseram que é muito difícil ou difícil se locomover no dia a dia

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Essa dificuldade na locomoção gera stress que pode ser acumulativo, especialmente se não houverem atividades no dia a dia para contrabalancear e manter a mente saudável.

Tudo isso se intensifica ainda mais quando estamos falando de cidades grandes, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e outras grandes capitais.

Além de uma situação caótica na mobilidade urbana, a grande quantidade de carros promove a emissão de gases poluentes. A consequência? Suas vias respiratórias são diretamente afetadas.

Tais gases possuem hidrocarbonetos não metanos e material particulado, os quais irão impactar negativamente em sua saúde ao longo do tempo.

Uma simples mudança de hábito, como passar a usar a bicicleta como meio de transporte, pode aumentar consideravelmente a sua qualidade de vida.

Porque não começa a rever as suas prioridades hoje mesmo e passa a pensar mais em sua saúde?